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Em meio de tanta informação, é importante saber diferenciar o que é relevante e verdadeiro e o que é descartável, por isso, apresentaremos uma análise de alguns assuntos mais comentados, bem como, autoridades que foram os maiores difusores de desinformação, tendo elas classificadas como informações distorcidas, falsas, contraditórias ou imprecisas.

Análise sobre desinformação considerando tweets sobre o novo coronavírus desde que a pandemia chegou ao Brasil, mostra levantamento com mais interações (retweets e curtidas) publicados por membros da Câmara dos Deputados e do Senado (incluindo suplentes e licenciados) entre 20 de fevereiro e 8 de abril. No total, foram encontradas 159 postagens com desinformação veiculadas por 22 parlamentares e que somavam cerca de 1,58 milhão de interações no período.

De acordo com levantamento, o deputado e ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS) foi, sozinho, responsável por 38 desses posts (23,9%) e 522.485 dessas interações (32,9%). Em seguida, aparecem como maiores difusores de desinformação os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), cujas publicações enganosas tiveram 18% das interações, e Bia Kicis (PSL-DF), com 10%.

Dezenove dos 22 deputados e senadores que publicaram tweets com desinformação são da base do governo Bolsonaro (12 do PSL, ex-partido do presidente, e outros sete de PSC, Republicanos, Podemos, PSD e, no caso de Osmar Terra, MDB). As exceções são três deputados do PT: Margarida Salomão (MG), Paulo Pimenta (RS) e Bohn Gass (RS).

As postagens enganosas seguem um padrão similar ao do discurso do presidente: os temas mais abordados foram o questionamento das medidas de isolamento, a propaganda da cloroquina como cura para a infecção pelo novo coronavírus e a comparação equivocada da Covid-19 com a gripe, três tópicos de desinformação que Bolsonaro aborda com frequência ao falar da doença.

Em seu Twitter, Osmar Terra tem distorcido a interpretação de dados oficiais e feito afirmações que contradizem as evidências científicas disponíveis para se opor ao distanciamento. Sem apresentar evidências, ele disse, por exemplo, que a quarentena fez aumentar o contágio por Covid-19 na Itália, contradizendo as conclusões de estudos recentes no país que apontam para uma diminuição no ritmo de contato justamente em decorrência das medidas adotadas. Também afirmou erroneamente que a Holanda conseguiu controlar a pandemia sem fechar lojas – na verdade, o país determinou o fechamento de uma série de estabelecimentos.

O segundo tema que mais apareceu nas peças de desinformação foi o uso de cloroquina e hidroxicloroquina. As substâncias são estudadas como possíveis tratamentos contra a Covid-19, mas não tiveram sua eficácia comprovada cientificamente. Apesar disso, o presidente Jair Bolsonaro e parlamentares de sua base têm feito propaganda da droga como solução para a pandemia.

O levantamento mostra que a maior parte do conteúdo analisado não tem desinformação, mas também que posts com conteúdo enganoso, em média, geram mais engajamento do que os informativos.

Dos 1.500 tweets analisados, 1.341 (ou 89,4%) não continham desinformação e, em média, esse grupo somou de 6.837 interações por tweet. Já as publicações com desinformação foram apenas 159 (10,6%), mas geraram 9.988 retweets e curtidas cada uma, 46% a mais.

A disparidade é especialmente grande para alguns parlamentares. A deputada Carolina de Toni (PSL-SC) teve média de 4.873 interações nos 14 tweets sem desinformação que compartilhou e de 17.130 retweets e curtidas nas postagens com conteúdo enganoso, diferença de 251%. Já o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), teve média de 7.271 interações em tweets informativos e de 19.359 com desinformação.

QUEM DESINFORMA OSMAR TERRA - CORONA

 

BOLSONADO DÁ MAIS DECLARAÇÕES FALSAS EM ENTREVISTAS QUE EM TEXTOS NAS REDES SOCIAIS

Em 2019, Jair Bolsonaro proferiu mais declarações falsas ou distorcidas em entrevistas do que em outros meios, como publicações nas redes sociais. Nas conversas com jornalistas, o presidente errou 225 vezes; em publicações no Twitter e no Facebook (à exceção das transmissões ao vivo), foram 79.

Sozinhas, as lives semanais de Bolsonaro no Facebook foram responsáveis por 147 declarações falsas ou distorcidas. Se somadas aos erros em posts nas duas redes sociais, o montante (226) é equivalente ao das falas incorretas em entrevistas concedidas pelo presidente em 2019.

Ao todo, Bolsonaro deu 608 declarações falsas ou distorcidas nos doze primeiros meses do governo, o que equivale uma média de 1,6 por dia. Isso significa que, dentre as 1.067 frases checadas em 2019, 56% continham algum grau de distorção.

Já em 472 dias como presidente, Bolsonaro deu 902 declarações falsas ou distorcidas

Racismo e questões de gênero e sexualidade foram abordados pelo presidente sempre de maneira distorcida ao longo de 2019. Todas as 14 declarações a respeito desses temas tinham distorções ou informações falsas (100%).

 

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BOLSONADO FOI O MAIS CITADO EM DESINFORMAÇÃO NO FACEBOOK

O presidente Jair Bolsonaro foi o mais citado nas 348 checagens de desinformação publicadas em 2019 por Aos Fatos dentro da parceria firmada com o Facebook. O capitão reformado do Exército recebeu menções em 55 conteúdos desmentidos no ano passado; na metade deles (27), as informações falsas favoreciam sua imagem ou a de seu governo. A publicação mais compartilhada (81 mil vezes), por exemplo, afirmava que o presidente havia cortado verbas destinadas ao Carnaval e a paradas LGBTI.

Como reflexo da polarização política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o segundo mais citado nas peças de desinformação checadas: 26 delas o envolviam. Diferentemente do atual mandatário, a maior parte dos conteúdos sobre o petista (21) tiveram o intuito de atacar a sua imagem.

Bolsonaro engajou menos o público do que as postagens enganosas a respeito de Lula. Enquanto as 55 notícias falsas que envolviam o presidente acumularam ao menos 582 mil compartilhamentos, as 26 que traziam o nome do petista somaram 639 mil.

É possível perceber outra diferença ao analisar o posicionamento das postagens com Lula ou Bolsonaro. No caso do atual presidente, as três peças de desinformação mais compartilhadas apelavam para o gosto do seu eleitorado: a primeira anunciava que o presidente teria cortado verbas do Carnaval via decreto (80 mil compartilhamentos); a segunda trazia fotos descontextualizadas para inflar manifestações pró-governo (41 mil compartilhamentos); e a terceira propagava que o orçamento do governo para a Educação seria o maior da história (40 mil compartilhamentos).

 

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Fonte: Dados com levantamento feito a partir das falas checadas e compiladas por “Aos Fatos”.




Fonte: Postado em: 20-04-2020


Em meio de tanta informação, é importante saber diferenciar o que é relevante e verdadeiro e o que é descartável, por isso, apresentaremos uma análise de alguns assuntos mais comentados, bem como, autoridades que foram os maiores difusores de desinformação, tendo elas classificadas como informações distorcidas, falsas, contraditórias ou imprecisas.

Análise sobre desinformação considerando tweets sobre o novo coronavírus desde que a pandemia chegou ao Brasil, mostra levantamento com mais interações (retweets e curtidas) publicados por membros da Câmara dos Deputados e do Senado (incluindo suplentes e licenciados) entre 20 de fevereiro e 8 de abril. No total, foram encontradas 159 postagens com desinformação veiculadas por 22 parlamentares e que somavam cerca de 1,58 milhão de interações no período.

De acordo com levantamento, o deputado e ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS) foi, sozinho, responsável por 38 desses posts (23,9%) e 522.485 dessas interações (32,9%). Em seguida, aparecem como maiores difusores de desinformação os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), cujas publicações enganosas tiveram 18% das interações, e Bia Kicis (PSL-DF), com 10%.

Dezenove dos 22 deputados e senadores que publicaram tweets com desinformação são da base do governo Bolsonaro (12 do PSL, ex-partido do presidente, e outros sete de PSC, Republicanos, Podemos, PSD e, no caso de Osmar Terra, MDB). As exceções são três deputados do PT: Margarida Salomão (MG), Paulo Pimenta (RS) e Bohn Gass (RS).

As postagens enganosas seguem um padrão similar ao do discurso do presidente: os temas mais abordados foram o questionamento das medidas de isolamento, a propaganda da cloroquina como cura para a infecção pelo novo coronavírus e a comparação equivocada da Covid-19 com a gripe, três tópicos de desinformação que Bolsonaro aborda com frequência ao falar da doença.

Em seu Twitter, Osmar Terra tem distorcido a interpretação de dados oficiais e feito afirmações que contradizem as evidências científicas disponíveis para se opor ao distanciamento. Sem apresentar evidências, ele disse, por exemplo, que a quarentena fez aumentar o contágio por Covid-19 na Itália, contradizendo as conclusões de estudos recentes no país que apontam para uma diminuição no ritmo de contato justamente em decorrência das medidas adotadas. Também afirmou erroneamente que a Holanda conseguiu controlar a pandemia sem fechar lojas – na verdade, o país determinou o fechamento de uma série de estabelecimentos.

O segundo tema que mais apareceu nas peças de desinformação foi o uso de cloroquina e hidroxicloroquina. As substâncias são estudadas como possíveis tratamentos contra a Covid-19, mas não tiveram sua eficácia comprovada cientificamente. Apesar disso, o presidente Jair Bolsonaro e parlamentares de sua base têm feito propaganda da droga como solução para a pandemia.

O levantamento mostra que a maior parte do conteúdo analisado não tem desinformação, mas também que posts com conteúdo enganoso, em média, geram mais engajamento do que os informativos.

Dos 1.500 tweets analisados, 1.341 (ou 89,4%) não continham desinformação e, em média, esse grupo somou de 6.837 interações por tweet. Já as publicações com desinformação foram apenas 159 (10,6%), mas geraram 9.988 retweets e curtidas cada uma, 46% a mais.

A disparidade é especialmente grande para alguns parlamentares. A deputada Carolina de Toni (PSL-SC) teve média de 4.873 interações nos 14 tweets sem desinformação que compartilhou e de 17.130 retweets e curtidas nas postagens com conteúdo enganoso, diferença de 251%. Já o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), teve média de 7.271 interações em tweets informativos e de 19.359 com desinformação.

QUEM DESINFORMA OSMAR TERRA - CORONA

 

BOLSONADO DÁ MAIS DECLARAÇÕES FALSAS EM ENTREVISTAS QUE EM TEXTOS NAS REDES SOCIAIS

Em 2019, Jair Bolsonaro proferiu mais declarações falsas ou distorcidas em entrevistas do que em outros meios, como publicações nas redes sociais. Nas conversas com jornalistas, o presidente errou 225 vezes; em publicações no Twitter e no Facebook (à exceção das transmissões ao vivo), foram 79.

Sozinhas, as lives semanais de Bolsonaro no Facebook foram responsáveis por 147 declarações falsas ou distorcidas. Se somadas aos erros em posts nas duas redes sociais, o montante (226) é equivalente ao das falas incorretas em entrevistas concedidas pelo presidente em 2019.

Ao todo, Bolsonaro deu 608 declarações falsas ou distorcidas nos doze primeiros meses do governo, o que equivale uma média de 1,6 por dia. Isso significa que, dentre as 1.067 frases checadas em 2019, 56% continham algum grau de distorção.

Já em 472 dias como presidente, Bolsonaro deu 902 declarações falsas ou distorcidas

Racismo e questões de gênero e sexualidade foram abordados pelo presidente sempre de maneira distorcida ao longo de 2019. Todas as 14 declarações a respeito desses temas tinham distorções ou informações falsas (100%).

 

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BOLSONADO FOI O MAIS CITADO EM DESINFORMAÇÃO NO FACEBOOK

O presidente Jair Bolsonaro foi o mais citado nas 348 checagens de desinformação publicadas em 2019 por Aos Fatos dentro da parceria firmada com o Facebook. O capitão reformado do Exército recebeu menções em 55 conteúdos desmentidos no ano passado; na metade deles (27), as informações falsas favoreciam sua imagem ou a de seu governo. A publicação mais compartilhada (81 mil vezes), por exemplo, afirmava que o presidente havia cortado verbas destinadas ao Carnaval e a paradas LGBTI.

Como reflexo da polarização política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o segundo mais citado nas peças de desinformação checadas: 26 delas o envolviam. Diferentemente do atual mandatário, a maior parte dos conteúdos sobre o petista (21) tiveram o intuito de atacar a sua imagem.

Bolsonaro engajou menos o público do que as postagens enganosas a respeito de Lula. Enquanto as 55 notícias falsas que envolviam o presidente acumularam ao menos 582 mil compartilhamentos, as 26 que traziam o nome do petista somaram 639 mil.

É possível perceber outra diferença ao analisar o posicionamento das postagens com Lula ou Bolsonaro. No caso do atual presidente, as três peças de desinformação mais compartilhadas apelavam para o gosto do seu eleitorado: a primeira anunciava que o presidente teria cortado verbas do Carnaval via decreto (80 mil compartilhamentos); a segunda trazia fotos descontextualizadas para inflar manifestações pró-governo (41 mil compartilhamentos); e a terceira propagava que o orçamento do governo para a Educação seria o maior da história (40 mil compartilhamentos).

 

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Fonte: Dados com levantamento feito a partir das falas checadas e compiladas por “Aos Fatos”.




Fonte: Postado em: 20-04-2020
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