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LOS ANGELES, CA – JANUARY 27: Recording artist Pharrell Williams performs onstage during “The Night That Changed America: A GRAMMY Salute To The Beatles” at the Los Angeles Convention Center on January 27, 2014 in Los Angeles, California. (Photo by Kevin Winter/Getty Images for NARAS)

O acervo musical inesgotável que a internet passou a disponibilizar para qualquer um foi festejado como uma revolução, mas também apresentou um problema. Ter 30 milhões de músicas à mão, que é o quanto o Spotify e a Apple Music dizem oferecer, pode não significar nada se o usuário não souber por onde navegar. É aí que entra o aperfeiçoamento dos sistemas de recomendação de música dos serviços de streaming com os dados de usuários, aliados ao trabalho de curadoria de especialistas. A ideia é que estes serviços acertem cada vez mais ao recomendar novas músicas às pessoas com base no big data.

Esta é a principal mudança trazida pelo crescimento do mercado de streaming de música, segundo André Agra, COO da ONErpm – uma empresa de distribuição de música digital.

Para ele, mais importante do que a gradual substituição da compra de álbuns pelo pagamento das assinaturas de streaming é que hoje as pessoas descobrem mais. “O sistema de algoritmo é responsável por fazer você encontrar coisas que não acharia nunca”, diz. “O consumo hoje é muito mais diversificado.”

Isso significa, para o mercado de música, empurrar a demanda para a chamada Cauda Longa. Na visão de Liv Buli, jornalista de dados da Next Big Sound, do Pandora, este é provavelmente o insight mais importante revelado pela análise de dados na web: há público para qualquer tipo de música. “Do death metal ao doo wop, os interesses dos ouvintes variam amplamente, e, com os artistas sendo capazes de identificá-los e atingi-los por meio das plataformas e análises, somos capazes de construir uma classe média sustentável de criadores de música em uma escala que nunca foi possível antes”, diz.

Os dados, segundo Liv, também são úteis para as decisões de mercado dos próprios músicos. “Muito mais poder está nas mãos do artista informado hoje”, diz a jornalista, explicando que é possível medir, por exemplo, o quanto um investimento do artista em determinado tipo de divulgação resultou em mais gente ouvindo suas músicas.

Para Agra, todo o mercado pode se beneficiar desta inteligência. As ferramentas já permitem, por exemplo, identificar possíveis sucessos – coisas que têm potencial de estourar, mas que estão abaixo do radar. “Muitas vezes conseguimos identificar antes mesmo de acontecer de verdade”, diz – citando como exemplo um hit do momento, o funk “Malandramente”, de Dennis DJ, Nego Bam e Nandinho. “Identificamos que ia bombar uma semana antes. Pela curva, pelo grau de viralidade, conseguimos entender o que estava acontecendo”, conta. “Antigamente, era totalmente empírico. Agora tem mais elementos para fazer isso. Claro, [empirismo]ainda existe, porque a música tem uma magia. Tem coisas que pegam e não têm explicação.”




Fonte: Postado em: 19-07-2016


O acervo musical inesgotável que a internet passou a disponibilizar para qualquer um foi festejado como uma revolução, mas também apresentou um problema. Ter 30 milhões de músicas à mão, que é o quanto o Spotify e a Apple Music dizem oferecer, pode não significar nada se o usuário não souber por onde navegar. É aí que entra o aperfeiçoamento dos sistemas de recomendação de música dos serviços de streaming com os dados de usuários, aliados ao trabalho de curadoria de especialistas. A ideia é que estes serviços acertem cada vez mais ao recomendar novas músicas às pessoas com base no big data.

Esta é a principal mudança trazida pelo crescimento do mercado de streaming de música, segundo André Agra, COO da ONErpm – uma empresa de distribuição de música digital.

Para ele, mais importante do que a gradual substituição da compra de álbuns pelo pagamento das assinaturas de streaming é que hoje as pessoas descobrem mais. “O sistema de algoritmo é responsável por fazer você encontrar coisas que não acharia nunca”, diz. “O consumo hoje é muito mais diversificado.”

Isso significa, para o mercado de música, empurrar a demanda para a chamada Cauda Longa. Na visão de Liv Buli, jornalista de dados da Next Big Sound, do Pandora, este é provavelmente o insight mais importante revelado pela análise de dados na web: há público para qualquer tipo de música. “Do death metal ao doo wop, os interesses dos ouvintes variam amplamente, e, com os artistas sendo capazes de identificá-los e atingi-los por meio das plataformas e análises, somos capazes de construir uma classe média sustentável de criadores de música em uma escala que nunca foi possível antes”, diz.

Os dados, segundo Liv, também são úteis para as decisões de mercado dos próprios músicos. “Muito mais poder está nas mãos do artista informado hoje”, diz a jornalista, explicando que é possível medir, por exemplo, o quanto um investimento do artista em determinado tipo de divulgação resultou em mais gente ouvindo suas músicas.

Para Agra, todo o mercado pode se beneficiar desta inteligência. As ferramentas já permitem, por exemplo, identificar possíveis sucessos – coisas que têm potencial de estourar, mas que estão abaixo do radar. “Muitas vezes conseguimos identificar antes mesmo de acontecer de verdade”, diz – citando como exemplo um hit do momento, o funk “Malandramente”, de Dennis DJ, Nego Bam e Nandinho. “Identificamos que ia bombar uma semana antes. Pela curva, pelo grau de viralidade, conseguimos entender o que estava acontecendo”, conta. “Antigamente, era totalmente empírico. Agora tem mais elementos para fazer isso. Claro, [empirismo]ainda existe, porque a música tem uma magia. Tem coisas que pegam e não têm explicação.”




Fonte: Postado em: 19-07-2016
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