Você aprova? Uniforme vermelho da Seleção Brasileira fere estatuto da CBF e gera revolta coletiva na web
- 29 abril
Suposto modelo de camiseta da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2026, na cor vermelha, está dando o que falar e dividindo as opiniões de torcedores. Apesar de ainda não ter sido confirmada oficialmente, a informação vazada pelo Footy Headlines provocou furdunço nas redes sociais, com a maior parte dos posicionamentos contrários à alteração.
Ainda que o site especializado em camisetas de futebol tenha revelado o fato, o design da suposta camiseta secundária da Seleção Brasileira não foi revelado. Caso se confirme, o uniforme deverá ser lançado apenas em março de 2026, mas isso não impediu empreendedores de plantão de criarem versões antecipadas e ilustrativas da peça, que já figuram entre as lojas virtuais.
É possível encontrar camisetas vermelhas não oficiais da Seleção Brasileira em sites como Shopee, Mercado Livre, Amazon e outros, custando preços que variam de R$ 52,50 a R$ 75,00. Agora, se os brasileiros estão comprando é outra história.
Isso porque uma onda de manifestações contrárias à possível coloração do uniforme tomou conta da internet. O próprio narrador Galvão Bueno se posicionou contra. Durante seu programa na Band, o comentarista afirmou que o fato chega a ser ofensivo.
“Camisa vermelha? O que tem isso a ver. Isso é uma ofensa sem tamanho ao futebol brasileiro. Estou muitíssimo na bronca. Um horror”, disparou.
Além de Galvão, outros nomes de referência no futebol também detonaram a escolha. Na mesma onda, um deputado federal do Rio Grande do Sul protocolou um projeto de lei para impedir que os uniformes secundários do time nacional sejam vermelhos no ano que vem.
Afinal, a Seleção Brasileira pode ter um uniforme vermelho?
De acordo com o site Footy Headlines, a versão vermelha será o modelo 2 do uniforme da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2026. Ainda conforme o portal, ao invés do símbolo da Nike, a nova camiseta levará a logo da Jordan Brands, braço da empresa americana ligado a Michael Jordan.
A decisão de adotar o vermelho seria parte de uma estratégia de reposicionamento da marca Seleção, com foco em um público mais jovem e diverso. A cor teria sido escolhida por transmitir energia, paixão e força, valores que a nova geração da CBF quer associar ao time.
Contudo, o Estatuto da própria Confederação Brasileira de Futebol proíbe que a Seleção tenha camisas de cores que não façam parte da bandeira do Brasil, ainda que isso já tenha ocorrido outras vezes.
Porém, há exceção prevista no estatuto, que autoriza a troca da paleta de cores em eventos comemorativos, como o de junho de 2023, quando o Brasil enfrentou a seleção da Guiné com um uniforme preto, em gesto antirracismo e como uma homenagem ao jogador Vini Júnior.
“III – os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema descrito no inciso II deste artigo, podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria, não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”, diz o inciso III do artigo 13 do 3º capítulo do documento.
Outros casos e bafafá na internet
Ainda assim, vale lembrar que, ao longo da história, a Seleção Brasileira já usou uniforme vermelho outras duas vezes. A primeira foi em 1917, durante a disputa do Sul-Americano. Na ocasião, o time brasileiro enfrentaria o Chile, que também tinha a cor branca como principal. Por isso, a seleção optou pelo vermelho.
A segunda vez foi em 1936, também durante o Sul-Americano. O motivo foi o mesmo: a seleção entraria em campo com um time que já tinha o uniforme branco.
Fonte: Midiamax